Todo mundo conhece a hora de ninar, tendo ou não uma boa experiência com essa última hora do dia. Alguns podem dormir com gritos da mãe que contradisse o pai bêbado descontrolado. Outros podem ter um conto de fadas para escutar e cair no sono.
Todos têm um bedtime e
a Lisa também tem o seu. O da Lisa não é exatamente nenhum desses dois, mas não
é lá dos mais agradáveis. Marge lhe conta uma história que mais aterroriza do
que acalma, e a menina acaba ficando tão agitada que não dorme mais.
Tem a vez do Bart com
o Homer, que o leva para pescar e depois de uma dose de fracasso e outra de
impaciência, decide simplesmente eletrocutar o lago para assim pegar os peixes.
Eletrocuta-se também quase se causando um infarto. Isso frustra um pouco o
garoto, que não parece tomar gosto pela pesca a partir dali. Maggie também não
fica para trás quando tem que dirigir o carro para os pais que dormem no
volante depois de uma bebedeira imprudente.
Eu contei isso só
porque queria dizer que: Os Simpsons não são uma família nem perto de perfeita,
mas ainda são uma família!
Foi com os Simpsons e
com o Necro que aprendi as maiores, talvez duas únicas lições, sobre família.
Necro chama sua mãe de "mama duck". Não era uma mulher tão boa da
cabeça, mas ainda assim uma mulher que se importava com o filho e lutava para
sustentá-lo. Veja, pintei um quadro igual daquela prostituta japonesa! Isso
pode ser chamado de olhar o lado bom de uma pessoa. Me lembro de S. João Maria
Vianney falando do seu sacerdote auxiliar, o Senhor Pierre, que só o caluniava
e o tempo todo tentando tomar o seu lugar. Também não o ajudava quando
precisava tirar uma folga. Mas S. João, na sua sabedoria santa que sonda longe
mesmo sem enxergar, via bondade naquele homem. Dizia que ele era muito
prestativo. De fato, o sacerdote Pierre rezava as missas sem faltar.
Que tal pensar assim:
o que você prefere, uma história que lhe cause terror ou história nenhuma; pai
que lhe cause ódio ou pai nenhum?; Se você preferiu o nada, está na hora de
acordar o D. Quijote de la Mancha dentro de você! Você é chamado para a
aventura! Seja uma aventura pelos mares calmos da costa africana ou pelo mar
agitado do Caribe! Ambas têm sua recompensa. Imagine só as coisas grandiosas
que foram feitas motivadas pelo ódio. Ódio pode ser convertido em violência.
Violência é usada para abrir o caminho estreito que leva a Deus!
Os Simpsons também são
referências. Às vezes, referências do que não se deve fazer. Então é só fazer o
contrário. A liberdade que dão aos seus filhos entra em contraste com a
liberdade que seu vizinho, Flanders, concede aos seus meninos, que são
inocentes demais, isolados dos pecados do mundo. Meninos que são despreparados
para as maldades, que não conheceram o bem e o mal. E sem o conhecimento do
mal, como pode-se fazer o bem? Qual é o mérito de escutar música sacra se o que
se tem é só música sacra? Qual mérito de rezar quando todo mundo reza e rezar
fosse prazeroso? Qual o mérito de fazer a coisa certa quando todo mundo está
fazendo e fazendo-a só terás benefícios? Não tirem os méritos dos mártires que
deram sua vida pela opinião contrária ao establishment, porém opinião certa!
O ex-presidente
norte-americano, George W. Bush, disse no seu discurso de posse que ele faria a
família americana mais anos 70[1]
e menos Simpsons. Mas os Simpsons são a maldita família! A vida é uma merda e está tudo feio mesmo. Apesar de tudo, a família continua
ali, crianças ainda conhecem, mesmo que partes diferentes, do que é uma mãe, o
feminino; a burrice e ignorância do pai, denúncia de uma mentalidade indolente.
Não obstante, ainda um homem! Um homem quebrado, sim, como qualquer outro
homem!